“O
principal é que cada pessoa consiga ter um nível de autonomia
intelectual que
lhe permita formar o próprio juízo de valor diante das mais
variadas situações, e
que, em cada um desses momentos, ela tenha capacidade de escolher
caminhos e
alternativas baseadas no seu entendimento da realidade”.
Sua
origem e função política
Nasceu na cidade de Paris, em 20 de Julho de 1925. Um político europeu de nacionalidade francesa, tendo sido presidente da Comissão Europeia entre 1985 e 1995.
Nasceu na cidade de Paris, em 20 de Julho de 1925. Um político europeu de nacionalidade francesa, tendo sido presidente da Comissão Europeia entre 1985 e 1995.
De
origem humilde, Delors foi funcionário do Banco de França em 1945,
após a Segunda Guerra Mundial e estudou economia na Sorbonne.
É
pai de Martine Aubry, eleita em 2008, primeira secretária do Partido
Socialista Francês.
Foi
autor e organizador do relatório para a UNESCO da Comissão
Internacional sobre Educação para o século XXI, intitulado:
“Educação, um Tesouro a descobrir” (1996), em que se exploram
os Quatro Pilares da Educação.
Os
quatro pilares da educação
São conceitos de fundamento da educação baseado no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors.
São conceitos de fundamento da educação baseado no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors.
No
relatório editado sob a forma do livro: "Educação:Um Tesouro
a Descobrir" de 1999, a discussão dos "quatro pilares"
ocupa todo o quarto capítulo, da página 89-102, onde se propõe uma
educação direcionada para os quatro tipos fundamentais de educação:
aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os
outros, aprender a ser, eleitos como os quatro pilares fundamentais
da educação.
O
ensino, tal como o conhecemos, debruça-se essencialmente sobre o
domínio do aprender a conhecer e, em menor escala, do aprender a
fazer. Estas aprendizagens, direcionadas para a aquisição de
instrumentos de compreensão, raciocínio e execução, não podem
ser consideradas completas sem os outros domínios da aprendizagem,
muito mais complicados de explorar, devido ao seu caráter subjetivo
e dependente da própria entidade educadora.
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Aprender a conhecer
É o tipo de aprendizagem que tem por objetivo estimular o prazer de compreender, de conhecer e de descobrir. É preciso que as crianças e os jovens sejam estimulados a descobrir o prazer de estudar. Recomenda-se valorizar a curiosidade e a autonomia dos alunos, para que isso resulte em pessoas capazes de estabelecer relações entre os conteúdos aprendidos e as situações vividas, enfim, pessoas que saibam pensar. Em relação aos adultos, é necessário que o período de permanência na escola ou na faculdade sirva de estímulo para a vontade de se aperfeiçoar e fazer novos cursos. O conhecimento é a chave que levará à compreensão dos diversos aspectos da realidade e que tornará as pessoas mais críticas e analíticas.
É o tipo de aprendizagem que tem por objetivo estimular o prazer de compreender, de conhecer e de descobrir. É preciso que as crianças e os jovens sejam estimulados a descobrir o prazer de estudar. Recomenda-se valorizar a curiosidade e a autonomia dos alunos, para que isso resulte em pessoas capazes de estabelecer relações entre os conteúdos aprendidos e as situações vividas, enfim, pessoas que saibam pensar. Em relação aos adultos, é necessário que o período de permanência na escola ou na faculdade sirva de estímulo para a vontade de se aperfeiçoar e fazer novos cursos. O conhecimento é a chave que levará à compreensão dos diversos aspectos da realidade e que tornará as pessoas mais críticas e analíticas.
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Aprender a fazer
É possível aprender a fazer sem, antes, aprender a conhecer? Não. É por isso que esses dois pilares – Aprender a Conhecer e Aprender a Fazer – são considerados “indissociáveis”, ou seja, um depende do outro. Aprender a fazer está mais relacionado à formação profissional, no entanto, diante da constante evolução do mundo do trabalho, não se entende mais formação profissional como a capacitação de um indivíduo para realizar determinada função, porque esta função, em face das rápidas mudanças da sociedade, poderá não mais existir ou se tornar escassa. Por isso, vale mais o conceito de investir na competência pessoal do trabalhador, para que ele possa ter as habilidades necessárias para acompanhar a demanda do mercado. É essencial saber trabalhar coletivamente, ter iniciativa, saber resolver conflitos e ter flexibilidade para se adequar a novas situações.
É possível aprender a fazer sem, antes, aprender a conhecer? Não. É por isso que esses dois pilares – Aprender a Conhecer e Aprender a Fazer – são considerados “indissociáveis”, ou seja, um depende do outro. Aprender a fazer está mais relacionado à formação profissional, no entanto, diante da constante evolução do mundo do trabalho, não se entende mais formação profissional como a capacitação de um indivíduo para realizar determinada função, porque esta função, em face das rápidas mudanças da sociedade, poderá não mais existir ou se tornar escassa. Por isso, vale mais o conceito de investir na competência pessoal do trabalhador, para que ele possa ter as habilidades necessárias para acompanhar a demanda do mercado. É essencial saber trabalhar coletivamente, ter iniciativa, saber resolver conflitos e ter flexibilidade para se adequar a novas situações.
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Aprender a conviver
É um dos maiores desafios da educação para o século 21. A maior parte da história da humanidade é marcada por guerras e conflitos decorrentes da impossibilidade da convivência e da administração de conflitos por outra via que não a da violência. A dificuldade reside em idealizar uma educação capaz de estimular a convivência entre os diferentes grupos e ensiná-los a resolver suas diferenças de maneira pacífica. A construção cotidiana da cultura de paz depende da capacidade de aprender a viver e a conviver com pessoas e grupos diversos.
É um dos maiores desafios da educação para o século 21. A maior parte da história da humanidade é marcada por guerras e conflitos decorrentes da impossibilidade da convivência e da administração de conflitos por outra via que não a da violência. A dificuldade reside em idealizar uma educação capaz de estimular a convivência entre os diferentes grupos e ensiná-los a resolver suas diferenças de maneira pacífica. A construção cotidiana da cultura de paz depende da capacidade de aprender a viver e a conviver com pessoas e grupos diversos.
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Aprender a ser
Este pilar reafirma o conceito de educação ao longo da vida em seu sentido mais amplo: o de que a educação deve contribuir para o desenvolvimento humano tanto no aspecto pessoal como no profissional. O principal é que cada pessoa consiga ter um nível de autonomia intelectual que lhe permita formar o próprio juízo de valor diante das mais variadas situações, e que, em cada um desses momentos, ela tenha capacidade de escolher caminhos e alternativas baseadas no seu entendimento da realidade. Aprender a ser envolve a realização pessoal, a capacidade de cada um de descobrir o próprio potencial e a força criativa. Pode-se dizer até mesmo que o exercício de “aprender a ser” leva as pessoas a encontrar a sua definição de felicidade, que, é claro, não é igual para todas. Diz o texto do relatório: “O desenvolvimento tem por objeto a realização completa do homem, em toda a sua riqueza e na complexidade das suas expressões e dos seus compromissos: indivíduo, membro de uma família e de coletividade, cidadão e produtos, inventos de técnicas e criador de sonhos”.
Este pilar reafirma o conceito de educação ao longo da vida em seu sentido mais amplo: o de que a educação deve contribuir para o desenvolvimento humano tanto no aspecto pessoal como no profissional. O principal é que cada pessoa consiga ter um nível de autonomia intelectual que lhe permita formar o próprio juízo de valor diante das mais variadas situações, e que, em cada um desses momentos, ela tenha capacidade de escolher caminhos e alternativas baseadas no seu entendimento da realidade. Aprender a ser envolve a realização pessoal, a capacidade de cada um de descobrir o próprio potencial e a força criativa. Pode-se dizer até mesmo que o exercício de “aprender a ser” leva as pessoas a encontrar a sua definição de felicidade, que, é claro, não é igual para todas. Diz o texto do relatório: “O desenvolvimento tem por objeto a realização completa do homem, em toda a sua riqueza e na complexidade das suas expressões e dos seus compromissos: indivíduo, membro de uma família e de coletividade, cidadão e produtos, inventos de técnicas e criador de sonhos”.
Site pesquisado: http://www.educacaomoral.org.br/reconstruir/os_educadores_edicao_90_jacques_delours.html